terça-feira, 17 de julho de 2012

Os camponeses comendo batatas - Van Gogh - 1855

Vincent Van Gogh - Os camponeses comendo batatas - óleo em tela (1855) - 82 cm × 114 cm     
"Os Camponeses comendo batatas (Aardappeleters em neerlandês) é um quadro do pintor Vincent van Gogh, terminado em abril de 1885.
Este quadro pertence à primeira fase da pintura do artista, desenvolvida nos Países Baixos, sob influência do realista francês Millet. Van Gogh fez releituras de Millet, e também estudou desenho, anatomia e perspectiva em Bruxelas, complementando sua formação com leituras sobre o uso e o comportamento das cores.Nessa época, desenhou e pintou muitas paisagens neerlandesas, cenas de aldeia.

 Em Nuenen, pequena cidade neerlandesa onde morava sua família, realizou cerca de 250 desenhos, principalmente sobre a vida de camponeses e tecelões. Os Comedores de Batata resume esse período. Assim como os pintores realistas, ele falou sobre a miséria e retratou a desesperança dessa gente humilde. Ele dizia que os camponeses deviam ser pintados com suas características rudes, sem embelezamento, ponto em que criticou e se diferenciou de Millet.

Van Gogh salientou os traços grosseiros das mãos e das faces dos trabalhadores da terra. Em busca de intensidade dramática, explorou a potencialidade expressiva dos tons escuros, da luminosidade barroca e do pincel nervoso. Tais características seriam transformadas radicalmente a partir de sua ida a Paris, no mesmo ano.Ele viveu lá por alguns anos. " (Fonte: Wikipédia )

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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Os Construtores (1950) - Fernand Léger

Os Construtores - 1950 (óleo sobre tela)

      








Fernand Léger (1881-1955) antes de se tornar pintor era arquiteto e no ano de 1900 se mudou para Paris e lá passou a trabalhar como desenhista de arquiteturas.Mundialmente reconhecido como um dos mestres do século XX, Fernand Léger foi um dos mais destacados cubistas e o primeiro a experimentar a abstração.
 
"A enorme dimensão deste edifício foi astuciosamente representada através da técnica do corte da imagem, em cima e em baixo, de forma a parecer prolongar-se indefinidamente em ambas as direções. Acentuadas linhas verticais e horizontais demarcam os contornos das formas estruturais contra o céu azul, realizadas em intensas cores primárias, havendo aqui alguma evidência e influência do Cubismo.Os enormes trabalhadores que se assemelham a robôs, movimentando-se sobre as vigas, e as nuvens que passam, contrastam dramaticamente em forma e em cor com o esqueleto metálico do edifício em construção.(
 
Braços e pernas tubulares, como calhas ou chaminés. Rostos inexpressivos, não mais que um esquema de olhos, boca e nariz. Dos pintores do começo do século 20, Fernand Léger (1881-1955) foi provavelmente um dos que mais incorporaram em seus quadros a estética da vida industrial, a rudeza do trabalho mecânico, a textura das máquinas e dos materiais de construção. (Fonte: Blog Artemísia está viva)

 
LÉGER criou, a partir do Cubismo Sintético, uma linguagem pictórica que, segundo ele esperava, levaria a arte ao mundo do trabalho e do lazer do proletariado.
Formas vigorosas e claramente definidas, sugerindo máquinas, são apresentadas em cores enérgicas que dão uma nota de alegria e otimismo a um mundo mais habitualmente associado à fumaça e graxas. Assim, LÉGER não representa as misérias da classe trabalhadora, mas usa sua arte para celebrar o mundo do trabalho viril e vigoroso.

 Na opinião do crítico e historiador Giulio Carlo Argan, Léger "foi um admirador da pureza e simplicidade das imagens de Rousseau; foi um dos primeiros a se associar, em 1910, à pesquisa cubista; é, e se mantém por toda a vida, um homem do povo, um trabalhador que acredita cegamente na ideologia socialista, a qual ingenuamente associa ao mito do progresso industrial. Para ele, os objetos simbólico-emblemáticos da civilização moderna são as engrenagens, as tubagens, as máquinas, os operários da fábrica: sua finalidade é decorar, isto é, qualificar figurativamente o ambiente da vida com os símbolos do trabalho da mesma maneira que, antigamente, decorava-se a igreja com os símbolos da fé".


Fernand Léger explica que arquitetura se compõe de superfícies vivas e de superfícies mortas.
As superfícies mortas – parede nua – são as reservas de repouso e não se deve nelas tocar. Já as superfícies vivas – superfícies coloridas – devem ser postas à disposição da forma, do pintor e do escultor.

As cores: azul, verde, amarelo e vermelho, eram as preferidas, em tons fortes, retratavam as tensões do cenário da época.

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